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MULHERES E CREANÇAS

sociedade e á familia, do que a idéa confusa que em épocas menos adiantadas se formava dos deveres de cada um.

Sim, a familia parece corroida por um occulto verme, que pouco a pouco vae dando a essa arvore frondosa, cheia de fructos e de flores, um aspecto morbido e doentio que entristece e causa profundo assombro aos que de perto lhe observam o progressivo definhar.

Mas não basta mostrar ao mundo este indicio da sua decadencia moral, cumpre investigar as causas para oppôr um dique aos effeitos desastrosos que todos os dias se vão mais claramente revelando.

Este dever é de todos; dos grandes e dos humildes. Não ha ninguem que não esteja interessado igualmente na destruição de tão terrivel flagello.

Tragam uns os esplendores do talento que vê de cima, e que das alturas onde paira, derrama luz clara sobre os que labutam na sombra; tragam outros o bom senso, a experiencia, a fé e a boa vontade.

Parece que metade do caminho está vencido, porque se muitos, — se a maioria — anda transviada, todos pelo menos sabem definir o ideal a que aspiram, o fim que desejam attingir e do qual involuntariamente se afastam.

O grande mal da nossa época é — quem tal o diria? — é