A villa fructuaria, onde se recolhiam as colheitas e os outros fructos das terras.
As casas anuesas ao segundo pateo, chamadas agrariæ, ou fructuariæ, apresentavam menos interesse com relação á arte, que a villa urbana. Eram pertenças do casal ou dos trabalhos ruraes, villa agraria.
No centro do pateo da villa via-se, como se pratica ainda hoje, um tanque ou lagôa compluvium, para se banhar o gado. Á roda do pateo estavam dispostos, a cosinha, o abrigo para os escravos, a abegoaria (bubilia), o curral das ovelhas (ovilia), as cavallariças (equilia.) Achava-se tambem ali o gallinheiro (gallinaria) e o chiqueiro para os porcos (haræ).
Pode-se citar como pertenças da villa fructuaria, que estava ora separada ora junta da agraria, a adega (cellæ) o palheiro (horrea), a casa da fructa (apothecæ), etc.
Tem-se encontrado numerosos vestigios das villæ ou casas de campo fabricadas durante a dominação romana. Em 1874 descobrimos em Portugal uma proximo de Leiria, no logar de Martim Gil, na profundidade de 1m, 59; havia ali differentes casas com mosaicos, e na principal achámol-o de cinco côres. Fizemol-o transportar para o museu da archeologia, que fundáramos em Lisboa em 1866. Não tem acontecido outrotanto com essas casas antigas edificadas nas cidades, pois foi arrasado o solo que ellas occupavam, e isso deu logar a aproveitarem-se os alicerces que ficaram enterrados.
Para darmos idéa mais completa, descreveremos a villa de Bignor em Sussex (Inglaterra), por ser a mais bem conservada que existe.[1]
Compõe-se de dois pateos: um (A) mais vasto que o outro, rodeado de muros bastante grossos, não formava angulo recto com os do segundo pateo. O muro de leste tinha 277 pés de comprimento, o do norte 385 pés, e o do sul 322.
- ↑ A mais importante foi a do imperador Adriano, pois comprehendia uma superficie de dez milhas.