E era medonha a lividez das faces
Na agonia da cruz!
E essas estatuas de mulher, marmóreas,
Branqueadas da luz!
X
Em affogado soluço um ai quebrado
Da aberta bocca do divino martyr
Com a vida fugia!
E a ultima voz no derradeiro alento
Pelos algozes e descrida gente
Perdão ao Pai pedia...
XI
E lá ficaram ellas toda a noite
No horror das trevas, no gemer dos ventos...
E ás vezes uma gotta despegava-se
De sangue — do cadáver e escorria
Pelo áspero madeiro humedecido,
E as frontes rosciava em frio orvalho
Dessas duas mulheres lá sosinhas —.
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Aspeto