E ella era triste; e a lividez firmava
Pesada e quente sobre a mão — voltara-lhe
A mente e infindo relembrar de aggravos
« O corpo de suicida desalmado!
Quanta alma a transbordar de uncção poética
Anciosa e cheia de um amor, na terra
Não estallou-se com o ar do mundo
Como o férreo vibrar de uma harpa as cordas!
Amizade! onde a viste? foi acaso
No escuro cemitério de joelhos
Sobre o torrão que abriu a pá de fresco,
A regal-o de lagrimas?
Mentira!
Do campo frio a relva se humedece
Do orvalho e chuva e do urinar do negro
Tarpi-alo morcego e dos immundos
Frios reptis que passam lá — e apenas!
Não peças-me esses cantos — que é loucura!
Pede antes ao ciumento um riso terno,
Ao desprezado um descantar alegre,
Aos tigres um trinar, ao rouco abutre
Cevado em corrupção os ais da rola. »
Calou-se — em torno emmudeceram todos.
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