Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/68

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— Das vagas, minha senhora, é Leiria, capital do distrito e sede do bispado.

— Leiria? disse Teresa. Bem sei, é onde há umas ruínas?

— Um Castelo, minha senhora, edificado por D. Dinis.

— Leiria é excelente!

— Mas perdão, perdão! disse o ministro, Leiria, sede do bispado, uma cidade... O Sr. padre Amaro é um eclesiástico novo...

— Ora, Sr. Correia! exclamou Teresa, e o senhor não é novo?

O ministro sorriu, curvando-se.

— Dize alguma coisa, tu, disse a condessa a seu marido, que coçava ternamente a cabeça da arara.

— Parece-me inútil, o pobre Correia está vencido! A prima Teresa chamou-lhe novo!

— Mas perdão, protestou o ministro. Não me parece que seja uma lisonja excepcional; eu não sou também tão antigo...

— Oh, desgraçado! gritou o conde, lembra-te que já conspiravas em 1820.

— Era meu pai, caluniador, era meu pai!

Todos riram.

— Sr. Correia, disse Teresa, está entendido. O Sr. padre Amaro vai para Leiria!

— Bem, bem, sucumbo, disse o ministro com gesto resignado. Mas é uma tirania!

Thank you, fez Teresa, estendendo-lhe a mão.

— Mas, minha senhora, estou a estranhá-la, disse o ministro, fitando-a.

— Estou contente hoje, disse ela. Olhou um