nosso íntimo uma perspiração moral. Talvez haja em torno de nós uma atmosfera de sentimento para a alma, como há uma para o pulmão.
Sentada em um banco, de mãos enlaçadas sobre o regaço, acompanhava a mãe os graciosos movimentos da filha, a folgar pelo gramado. Um terneiro alvo e brincão tentava escapar-se para correr após a vaca; porém a travessa menina, atalhando-lhe o passo e cingindo-lhe os braços pelo colo, impedia o intento.
Ouviu-se relinchar ao longe um cavalo. Erguendo os olhos deu a menina com um cavaleiro que transmontara a fronteira eminência. Distraída do folguedo, ficou um instante imóvel, com as mãos juntas e a vista atenta. Logo após, exclamou batendo palmas:
— Manuel!... Manuel!...
— Onde, Jacintinha?
— Olhe mãezita! Respondeu apontando.
— Vejo!
Voltara a mãe os olhos na direção do cavaleiro; a filha deitou a correr e foi com sensíveis mostras de prazer, caminho da tronqueira, a encontrar-se com a pessoa que chegava.
Com pouco ali apareceu o Canho, montado