da Fortunata. A casa parecia deserta; Lucas ainda não se recolhera da perseguição ao chileno.
Percorrendo os aposentos, chegou o gaúcho ao quarto onde estava Catita, ainda prostrada pela forte comoção. Ouvindo o tinir das chilenas de Canho, a moça fez um esforço inaudito e levantou a cabeça, mas sem erguer os olhos.
Manuel parara a alguns passos de distância, partido entre duas emoções: o soçobro de ver a amante, e a surpresa dolorosa dessa recepção glacial.
— Catita! balbuciou com a voz transida.
A moça cobriu as faces com as mãos, para defendê-las contra o olhar de Manuel, enquanto seu peito martirizado estalava em um soluço convulso.
— Ah!
Não foi uma exclamação; mas um rugido bravio que rompeu do peito do gaúcho, por entre os lábios cobertos de uma espuma sangrenta.
Ou porque a mesma veemência da aflição brandisse as fibras de sua alma, ou porque a vergonha daquela humilhação reagisse em seu coração contra o remorso, Catita por súbita transformação ergueu a fronte selada com uma