— Eu não acredito!
— Quem me trouxe a Rio Pardo? Não foram esses lindos olhos que de longe me arrastam, e de perto me repelem?
— Ai!
Soltando um gritozinho de susto, a moça retraíra-se para dentro.
— Que é? perguntou o chileno.
— Não ouviu, ali defronte?
Em face havia o muro em ruínas de um quintal abandonado. Malvas silvestres e arbustos cobertos de abóboras formavam uma vegetação luxuriosa que estofava as brechas do valo junto do qual se elevava um pinheiro.
— Foi o vento, disse o chileno.
— Vi uma pessoa em cima do muro.
— Ora! Havia de ser o pinheiro! replicou o chileno rindo-se.
— Tive um susto!... suspirou a moça esquivando-se.
Romero aproveitou o ensejo para escalar a grade, a fim de passar ao balcão vizinho.
— Espere!
A moça foi até ao meio da sala para assegurar-se de que todos dormiam, mas não teve tempo.