Sentaram-se os cinco viajantes na grama, ao redor de alguns pratos com churrasco, bolachas, bananas e laranjas.
O Lucas tanto comia, como falava; e Manuel escutava com prazer a evocação de fatos que ele tantas vezes, em criança, ouvira dos lábios paternos.
De quando em quando porém, sentia o gaúcho um constrangimento, encontrando os olhos negros de Catita fitos em seu rosto com uma insistência que ele não compreendia. Esse olhar curioso e ao mesmo tempo provocador, fazia-lhe o efeito de uma farpa no flanco de um touro.
— Come, Catita. Estás aí pasmada!
— Não é para menos, acudiu Félix. O susto que ela teve! Escapou de pinchar-se do barranco abaixo.
— Maria Santíssima! exclamou Vidoca.
— Lá isso, não, atalhou o Canho; na sanga não caía.
— Se já estava quase na beira!
— Mas eu tinha meu laço.
Os outros riram. Catita indignou-se:
— Então o senhor queria laçar-me?
— Pois que dúvida!...