de latão. No centro havia uma pequena mesa oblonga sobre a qual estavam apinhadas umas quinze pessoas, gaúchos e peões, atentas ao jogo. No fundo, a Missé tocava na guitarra um lundu, ao som do qual sapateavam alguns rapazes.
Manuel tomou lugar a um canto da mesa, defronte de Félix. Enquanto os outros continuavam o jogo da primeira, armaram eles um pacau para decidir a aposta. Da primeira cartada o Canho bateu nove e ganhou a partida.
— Bem lhe disse eu que não havíamos de brigar.
— Veremos! disse o rapaz a voz surda.
Manuel encolheu os ombros.
— Não há mais quem queira?
— Topo eu! exclamou o Chico Baeta, atirando um patacão sobre a mesa.
Correram as cartas, e Manuel ganhou não só esta como as partidas seguintes. As moedas de prata passaram da bolsa do peão para as mãos de seu feliz parceiro.
— Quer ir tudo contra o Pombo? Olhe que é um pingo de mão cheia.
— Vá! respondeu Manuel cortando o baralho.