vendo quase realizado o dito do Canho.
— E a outra? disse um, apontando para a última carta.
— Esta, não tem que ver, é figura, e não passa de uma dama para fazer cortesia à moça.
Acabando de proferir estas palavras, que ele endereçou com um sorriso à Missé, o gaúcho voltou rapidamente a carta. Foi profundo o assombro; era com efeito uma dama; o Chico tinha perdido. O dinheiro, o cavalo e a amante pertenciam ao Canho.
Quando passou a confusão que seguira ao primeiro espanto, viu-se o Chico apertando pela última vez a Missé em seus braços.
— Não chores, meu bem. Faz de conta que eu morri! Amanhã vou te esperar lá no outro mundo!
Manuel segurou-o pelo braço no momento de passar a porta.
— Faz-me um favor?
— Qual?
— Aceite o Pombo, como lembrança da primeira vez que nos vimos, há cerca de três anos. Não se dirá que Manuel Canho separou