lei de talião que era o único princípio de direito e justiça que reconheciam.
Tinham morto sua filha, era justo que matassem também a filha do seu inimigo; vida por vida, lágrima por lágrima, desgraça por desgraça.
Como pretenderam realizar a sua vingança e o fim que tiveram, já sabemos; os dois selvagens dormiam para sempre nas margens do Paquequer, sem que uma mão amiga lhes viesse dar sepultura.
Agora é fácil conhecer a razão por que Peri perseguia a índia, resto da infeliz família sabia que ela ia direito ter com seus irmãos, e que à primeira palavra que proferisse, toda a tribo se levantaria como um só homem para vingar a morte do seu cacique e a perda da mais bela filha dos Aimorés.
Ora, o índio conhecia a ferocidade desse povo sem pátria e sem religião, que se alimentava de carne humana e vivia como feras, no chão e pelas grutas e cavernas; estremecia só com a idéia de que pudesse vir assaltar a casa de D. Antônio de Mariz.
Era preciso pois exterminar toda a família e não deixar nem um vestígio de sua passagem.