a terra a cada momento, e assim chegou a alguns passos de uma grande touça de cardos que se elevava numa baixa do terreno.
Então colocando-se de encontro ao vento, aproximou-se com toda cautela e ouviu um murmúrio de vozes confusas, e o som de um instrumento que cavava a terra.
Peri aplicou o ouvido e procurou ver o que se passava além, mas era impossível; nem uma aberta, nem uma fresta davam passagem ao som ou ao olhar.
Só quem tem viajado nos sertões e visto esses cardos gigantes, cujas largas palmas crivadas de espinhos se entrelaçam estreitamente formando uma alta muralha de alguns pés de grossura, poderá fazer idéia da barreira impenetrável que cercava por todos os lados as pessoas cuja voz Peri ouvia sem distinguir as palavras.
Entretanto esses homens deviam ter ai entrado por alguma parte; e não podia ser senão pelo galho de uma árvore seca que se estendia sobre os cardos, e ao qual se enroscava um cipó nodoso e forte como uma vide.
Peri estudava a posição, e tratava de descobrir o meio de saber o que se passava atrás daquelas árvores,