Por algum tempo esperou pela projectada expedição de D. Pedro da Cunha, que pretendeo transportar ao Brasil a corôa portugueza, collocada então sobre a cabeça do seu legitimo herdeiro, D. Antonio, prior do Crato.
Depois, vendo que esta expedição não se realisava, e que o seu braço e a sua coragem de nada valião ao rei de Portugal, jurou que ao menos lhe guardaria a sua fidelidade até a morte.
Tomou os seus penates, o seu brasão, as suas armas, a sua familia, e foi estabelecer-se naquella sesmaria que lhe havia sido concedida por Mem de Sá.
Ahi, de pé sobre essa eminencia em que ia assentar o seu solar, D, Antonio de Mariz erguendo o seu vulto direito, e lançando um olhar sobranceiro pelos vastos horizontes que se abrião em torno delle, exclamou:
— Aqui sou portuguez! Aqui póde respirar á vontade um coração leal, que nunca desmentio a fé do seu juramento. Nesta terra que me foi dada pelo meu rei e conquistada pelo meu braço, nesta terra livre, tu reinarás, Portugal, como viverás n’alma de teus filhos. Eu o juro!
Descobrindo-se, curvou o joelho em terra, e estendeo a mão direita sobre o abysmo, cujos