um pássaro, que entregava ao fidalgo e pedia-lhe desse a Ceci, pois já não se animava a chegar-se para ela, com receio de desgostá-la.
Ceci era o nome que o índio dava à sua senhora, depois que lhe tinham ensinado que ela se chamava Cecília.
Um dia a menina ouvindo chamar-se assim por ele e achando um pretexto para zangar-se contra o escravo humilde que obedecia ao seu menor gesto, repreendeu-o com aspereza:
— Por que me chamas tu Ceci?
O índio sorriu tristemente.
— Não sabes dizer Cecília?
Peri pronunciou claramente o nome da moça com todas as sílabas; isto era tanto mais admirável quanto a sua língua não conhecia quatro letras, das quais uma era o L.
— Mas então, disse a menina com alguma curiosidade, se tu sabes o meu nome, por que não o dizes sempre?
— Porque Ceci é o nome que Peri tem dentro da alma.
— Ah! é um nome de tua língua?
— Sim.