de alegria. Imbecis! que atribuís ao céu aquilo que não sabeis explicar!...
E acompanhou estas palavras com um sorriso de profundo desprezo.
— Esperai-me aqui.
— O que ides fazer? perguntou Rui Soeiro.
O italiano se voltou surpreso; depois levantou os ombros, como se a pergunta do seu companheiro não merecesse resposta.
Rui Soeiro, que conhecia o caráter desse homem, entendeu o gesto; um resquício de generosidade que ainda havia no seu coração corrompido, o fez segurar o braço do seu companheiro para retê-lo.
— Quereis que fale?... disse Loredano.
— É mais um crime inútil! acudiu Bento Simões.
O italiano fitou nele os olhos, frios como o contato do aço polido:
— Há um mais útil, amigo Simões; cuidaremos dele a seu tempo.
E sem esperar a réplica, meteu-se pelas moitas que cobriam o campo nesse lugar, e seguiu Álvaro que continuava lentamente o seu caminho.
O moço, apesar de preocupado, tinha o hábito da vida arriscada dos nossos