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Página:O Guarani.djvu/383

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se com ele para o terreiro: ai o digno escudeiro desempenando o corpo, e levando a mão à boca em forma de buzina, gritou.

— Olá! À frente toda a banda!

Os aventureiros chegaram-se formando um círculo ao redor de Aires Gomes; Rui já tinha tido ocasião de lançar uma palavra ao ouvido do italiano; e ambos, um pouco pálidos mas resolutos, esperavam o desfecho daquela cena.

— O Sr. D. Antônio de Mariz, disse o escudeiro, por meu intermédio vos faz saber a sua vontade: e manda que ninguém se afaste um passo da casa sem sua ordem. Quem o contrário fizer, pereça morte natural.

Um silêncio morno acolheu a enunciação desta ordem. Loredano trocou uma vista rápida com os seus dois cúmplices.

— Estais entendidos? disse Aires Gomes.

— O que nem eu, nem meus companheiros entendemos e a razão disto, retrucou o italiano avançando um passo.

— Sim; a razão? exclamou em coro a maioria dos aventureiros.

— As ordens cumprem-se, e não se discutem, respondeu o escudeiro com uma certa solenidade.

— Contudo