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Página:O Guarani.djvu/396

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D. Diogo entrou nesse momento no quarto de sua irmã: vinha despedir-se dela.

Quanto a Peri, deixando Cecília, dirigiu-se à escada e achou os mesmos vigias, que depois embargaram a passagem de Rui Soeiro.

— Não se passa, disseram os aventureiros cruzando as espadas.

O índio levantou os ombros desdenhosamente; e antes que as sentinelas voltassem a si da surpresa, tinha mergulhado sob as espadas e descido a escada. Então ganhou a mata, examinou de novo as suas armas e esperou; já estava cansado quando viu passar a pequena cavalgata.

Peri não compreendeu o que sucedia; mas conheceu que o seu plano tinha abortado.

Foi ter com Álvaro.

O cavalheiro explicou-lhe como se aproveitara da ida de D. Diogo ao Rio de Janeiro para expulsar o italiano sem rumor e sem escândalo. Então o índio por sua vez contou ao moço o que tinha ouvido na touça de cardos; o projeto que formara de matar os três aventureiros naquela manhã; e finalmente a carta que lhe escrevera por intermédio de Cecília, para, no caso de sucumbir ele, saber o cavalheiro quem eram os inimigos.

Álvaro duvidava ainda acreditar em tanta perfídia do italiano.

— Agora, concluiu Peri, é preciso que os dois também saiam; se ficarem, o outro pode voltar.

— Não se animará! disse o cavalheiro.

— Peri não se engana! Manda sair os dois.

— Fica descansado. Falarei com D. Antônio de Mariz.

O resto do dia passou tranqüilamente; mas