— É verdade!... onde está Rui? disse Martim Vaz.
— Talvez morto também?
— Depois dele virá outro e outro até que sejamos exterminados um por um; até que todos os cristãos tenham sido sacrificados.
— Mas por quem?... Dizei o nome do vil assassino. É preciso um exemplo! O nome!...
— E não adivinhais? respondeu o italiano. Não adivinhais? quem nesta casa pode desejar a morte dos brancos, e a destruição da nossa religião? Quem senão o herege, o gentio, o selvagem traidor e infame?
— Peri?... exclamaram os aventureiros.
— Sim, esse índio que conta assassinar-nos a todos para saciar a sua vingança!
— Não há de ser assim como dizeis, eu vos juro, Loredano! exclamou Vasco Afonso.
— Bofé! gritou outro, deixai isto por minha conta. Não vos dê cuidado!
— E não passa desta noite. O corpo de Bento Simões pede justiça.
— E justiça será feita.
— Neste mesmo instante.
— Sim, agora mesmo. Eia! Segui-me.
Loredano ouvia estas exclamações rápidas que denunciavam como a exacerbação ia lavrando