— Por São Brás, tendes razão, Loredano.
— Vereis morrer vossos companheiros assassinados infamemente, e não podereis vingá-los; e sereis obrigado a tragar até as vossas queixas, porque o assassino é sagrado! Sim, não o podereis tocar, repito.
— Pois bem; eu vo-lo mostrarei!
— E eu! gritou toda a banda.
— Qual é vossa tenção? perguntou o italiano.
— A nossa tenção é pedirmos a D. Antônio de Mariz que nos entregue o assassino de Bento.
— Justo! E se ele recusar, estamos desligados do nosso juramento e faremos justiça pelas nossas mãos.
— Procedeis como homens de brio e pundonor; liguemo-nos todos e vereis que obteremos reparação; mas para isto é preciso firmeza e vontade. Não percamos tempo. Quem de vós se incumbe de ir como parlamentário a D. Antônio?
Um aventureiro dos mais audazes e turbulentos da banda ofereceu-se; chamava-se João Feio.
— Serei eu!
— Sabeis o que lhe deveis dizer?
— Oh! ficai descansado. Ouvirá boas.
— Ides já?