um primeiro exemplo de revolta e desobediência? Falai! Quero saber o nome dos culpados!
O mesmo silêncio respondeu às palavras firmes e graves do velho fidalgo.
Loredano hesitava desde o princípio desta cena; não tinha a coragem necessária para apresentar-se em face de D. Antônio; mas também sentia que se ele deixasse as coisas marcharem pela maneira por que iam, estava infalivelmente perdido.
Adiantou-se:
— Não há aqui culpados, Sr. D. Antônio de Mariz, disse o italiano animando-se progressivamente; há homens que são tratados como cães; que são sacrificados a um capricho vosso, e que estão resolvidos a reivindicarem os seus foros de homens e de cristãos!
— Sim! gritaram os aventureiros reanimando-se. Queremos que se respeite a nossa vida!
— Não somos escravos!
— Obedecemos, mas não nos cativamos!
— Valemos mais que um herege!
— Temos arriscado a nossa existência para defender-vos!
D. Antônio ouviu impassível todas estas exclamações que iam