Página:O Guarani.djvu/496

Wikisource, a biblioteca livre

O que se tinha passado antes, explicava esse acontecimento extraordinário.

O aventureiro a quem Loredano mandara rondar a esplanada, enquanto ele entrava, tinha começado o seu giro de uma ponta à outra do pátio.

Sempre que chegava junto da estacada, notava que do outro lado um homem se aproximava como ele, voltava, e se alongava pela beira da esplanada; adivinhou facilmente que era também uma sentinela.

João Feio era um franco e jovial companheiro, e não podia suportar o tédio de um passeio alta noite, no meio de um sono interrompido, sem uma pinga para beber, sem um camarada para conversar, sem uma distração enfim.

Para maior desprazer, uma das vezes que se aproximava da estacada, sentiu uma baforada de tabaco, e viu que o seu companheiro de guarda fumava.

Levou a mão ao bolso das bragas, e achou algumas folhas de fumo, mas não trazia o seu cachimbo; ficou desesperado, e decidiu dirigir-se ao outro.

— Olá, amigo! também fazeis a vossa guarda?