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Página:O Guarani.djvu/681

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No íntimo de sua alma quase que aprovava a resolução de Peri; mas não podia afazer-se à idéia de perder seu amigo, seu companheiro, a única afeição que talvez ainda lhe restava no mundo.

Durante esse tempo, o índio preparava a simples refeição que lhes oferecia a natureza. Deitou sobre uma folha larga os frutos que tinha colhido: eram os araçás, os jambos corados, os ingás de polpa macia, os cocos de várias espécies.

A outra folha continha favos de uma pequena abelha, que fabricara a sua colmeia no tronco de uma catuíba, de sorte que o mel puro e claro tinha perfumes deliciosos; dir-se-ia mel de flores.

O índio tornou côncava uma palma larga e encheu-a com o suco do ananás, cuja fragrância é como a essência do sabor: era o vinho que devia servir ao banquete frugal.

Numa segunda palma, também côncava, apanhou a água cristalina da corrente que murmurava a alguns passos; devia servir para Cecília lavar as mãos depois da refeição.

Quando acabou esses preparativos que ele fazia com uma satisfação inexprimível, Peri sentou-se junto da menina e começou a trabalhar num arco