—Eles me temem, dizes tu; mas desde o momento em que se julgarem ofendidos por mim, sofrerão tudo para vingar-se.
—Tendes mais experiência do que eu, sr. cavalheiro; mas queira Deus que vos enganeis.
Voltando-se na beira da esplanada para continuarem o seu passeio, D. Antônio de Mariz e o seu escudeiro viram um moço cavaleiro que atravessava pela frente da casa.
—Deixa-me, disse o fidalgo a Aires Gomes; e pensa no que te disse; em todo o caso que estejamos preparados para recebê-los.
—Se vierem! retrucou o teimoso escudeiro afastando-se.
D. Antônio dirigiu-se lentamente para o moço fidalgo que se havia sentado a alguns passos.
Vendo aproximar-se seu pai, D. Diogo de Mariz ergueu-se e descobrindo-se esperou-o numa atitude respeitosa.
—Sr. cavalheiro, disse o velho com um ar severo, infringistes ontem as ordens que vos dei.
—Senhor...
—Apesar das minhas recomendações expressas, ofendestes um desses selvagens e excitastes contra nós a sua vingança. Pusestes em