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Página:O Guarani.djvu/73

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de Mariz, ou por concessões ou por serenidade, vivia em perfeita harmonia com sua mulher; procurava satisfazê-la em tudo, e quando não era possível, exprimia a sua vontade de um certo modo, que a dama conhecia imediatamente que era escusado insistir.

Só em um ponto a sua firmeza tinha sido baldada; e fora em vencer a repugnância que D. Lauriana tinha por sua sobrinha; mas como o velho fidalgo sentia talvez doer-lhe a consciência nesse objeto, deixou sua mulher livre de proceder como lhe parecesse, e respeitou os seus sentimentos.

—Faláveis a D. Diogo com um ar tão severo! disse D. Lauriana descendo os degraus da porta, e vindo ao encontro de seu marido.

—Dava-lhe uma ordem, e um castigo que ele mereceu, respondeu o fidalgo.

—Tratais esse filho sempre com excessivo rigor, Sr. D. Antônio!

—E vós com extrema benevolência, D. Lauriana. Assim, como não quero que o vosso amor o perca, vejo-me obrigado a privar-vos da sua companhia.

—Jesus! Que dizeis, Sr. D. Antônio?

—D. Diogo partirá nestes dias para a cidade do Salvador,