com uns sarcasmos brutais todo este modernismo enfezado e hipócrita que lhe fazia mal aos nervos. Não poupava nenhuma minudência, carregando o quadro de forma a fazer sobressair o lado ridículo das coisas. Os outros riam-se, achavam-lhe graça nos comentários e não tentavam discutir, eles mesmos um pouco sectários da religião do passado.
Em outras ocasiões o Pedroca só a si tomava conta das atenções, divertindo os circunstantes com as suas ingenuidades, mostrando-se muito alegre e folgazão. Ele continuava a gostar muito do Marcondes, que lhe trazia bolas sempre que voltava da cidade, e nunca cessava de acariciá-lo. Ia quase constantemente esperá-lo no portão e saudava-o com umas alegrias ruidosas, procurando repetir-lhe as histórias que ouvira a sá Jovina, acabando por trepar-lhe ao colo. E, quando entravam na sala de jantar, começavam entre os dois umas grandes brincadeiras infantis. O menino escondia o rosto com as mãos e perguntava ao outro: - Onde estou eu? Então o Marcondes fingia procurá-lo em todos os cantos e por debaixo da mesa, acabando por perguntar a Nenê se o Pedroca não tinha ido para o jardim. E a moça continuava o