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do fundo d'alma ou a Lira do meu sofrer, o jornal entre um anúncio de pílulas e uma prisão em flagrante nunca deixa de avançar: O livro do jovem estreante é dos que não se confundem com a vulgaridade; o artista que espere o lugar que lhe compete entre a plêiade ilustre dos que formam os homens de letras desta terra.

E os poetas fervilham.

O jornal de polêmica, o panfleto literário, desconhecemos por completo. As célebres bengaladas de Camilo fazem rir às barrigadas escritores e críticos, como uma história sobrenatural e engraçada.

Chegamos mesmo, às vezes, a acreditar que somos todos boas e inofensivas pessoas.

Já não se diz mais: — Fulano é uma besta.

Velhos e novos são saldunes que passeiam pela trilha literária, bras dessus bras dessous, risonhos, calmos, indiferentes...

E dessa santa e pacata união nada avulta que impressione ou que fique: os velhos abandonam as letras e os novos dizem com ar de enfado, isto aos vinte anos, com bonitas cores no rosto: — Já não tenho veleidades...

E vão ser empregados públicos.

O

Centros literários dos Estados parece pilhéria,