— Oh! filho, é verdade, amanhã sem falta.
Afinal, uma tarde de chuva, sentados ambos diante de um bock, o poeta desdobrou imperialmente o questionário e julgou-o irrespondível.
— Muito difícil, meu caro, muito difícil.
Para a sua formação literária quais os autores que mais contribuíram? Se eu fosse responder, diria: o primeiro poeta que eu li e admirei, ainda na escola, foi Nicolau Tolentino.
Ainda hoje a influência se faz sentir.
Depois li Camões e Bocage. Finalmente comecei a estudar o grande padre Antônio Vieira.
Guimarães Passos tem uma absoluta adoração pelo extraordinário pregador, o maior diplomata e o maior artista da língua portuguesa. Sabe-lhe sermões inteiros de cor.
— Está a primeira pergunta respondida.
Quanto à preferência pelas minhas obras, tenho quatro volumes publicados.
Aqui o poeta fala vagamente dos seus versos, das críticas elogiosas, dos prefácios célebres no mundo, de Araripe Júnior, que lê muito...
— Das minhas obras gosto da outra metade — a metade que o público não gosta.
É obscuro mas chic. Bato palmas.
— Cá temos a segunda resposta.
O Brasil atravessa um período absolutamente estacionário. Não há lutas de escolas, não há