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CAPITULO XIII
O PARQUE DA MORTE


PATERSON havia corrido toda a capital, visto muita cousa interessante, original, mas faltava-lhe ainda uma surpreza.

Uma manhã, passeava pelo lado occidental da cidade, quando a rua desembocou em uma praça. Na parede da esquina á direita, a certa altura, uma placa embutida com esta inscripção:

Parque da morte.

— Exquisito titulo, pensou.

Era o primeiro distico que via. Percorrera a capital inteira e não encontrára uma rua ou praça com nome proprio; todas tinham numero. Estranha a arborisação, Cyprestes e chorões plantados em renques formavam alamedas, ruas espaçosas, que iam ao fim do parque.

Era día alto, o sol resplendia, afogando em luz aquellas plantas, em cuja ramaria o vento esfusiava, arrancando accordes de uma cadencia funebre.

Não se sabia qual mais triste, si o cypreste perfilado, com os ramos desfiados pelo vento, si o chorão com os galhos pendidos em funeral.

A estancia era triste.