Página:O Tronco do Ipê (Volume I).djvu/103

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a verificarem o fato; mas a tentativa abortou.

Às primeiras escavações, uma voz terrível gelou-os de pavor. Entretanto, essa voz não pronunciara mais do que uma palavra:

— Espera!

Nessa palavra porém havia uma ameaça espantosa, fulminada pelo céu, ou vomitada pelo inferno. Após a palavra, a mente horrorizada viu surgir uma legião de fantasmas. Fugiram todos assombrados ante a visão medonha.

Contentaram-se pois com os indícios, tirados da circunstância de ser o ipê visitado pelos urubus sempre que uma nova cruz aparecia fincada na sombra da árvore.

Mário conhecia esta tradição, que avivou-se em seu espírito, e o preocupou durante o tempo que esteve a olhar para os fúnebres emblemas. Aí nessa posição, pensativo, com a fronte vergada, foi Benedito encontrar o estranho menino, cuja inteligência precoce parecia desenvolver-se ao influxo de um sofrimento íntimo:

— Quem sabe se eu também não hei de ter