para essa visita, que entrava em seu plano oculto.
De volta para a Casa Grande, o barão deixou ir o animal a passo como quem não tinha pressa de chegar. Ao menor rumor do vento nas folhas ele voltava-se agitado, pensando que alguém se aproximava; e não vendo senão o Martinho que o seguia a cochilar na sela, interrogava o relógio ao clarão do luar, para saber a hora.
Parecia esperar alguém; talvez um incidente, um obstáculo, que viesse impedir a sua resolução.
Avistando de longe a cabana de Benedito e o lago que se alisava, como uma lousa alvacenta, entre o verde-escuro da folhagem, o barão estremeceu. Era chegado o momento. O relógio marcava onze horas; justamente aquela em que José Figueira fora vítima da catástrofe.
— Deus condenou-me! murmurou o barão. Se ele me permitisse viver, Benedito teria encontrado Mário; e o perdão do filho chegaria a tempo!... Contanto que minha Alice não maldiga a memória de seu pai e seja feliz!...
Esbarrando de encontro ao cavalo do barão, a mula em que vinha o Martinho, o despertou.