Quando passar o reinado do café, e os preços baixos já serviram de prenúncio, o sul há de ver-se reduzido ao estado do norte. Ponhamos São Paulo e o extremo sul de lado e consideremos o Rio de Janeiro e Minas Gerais. Sem o café, uma e outra são duas províncias decrépitas. Ouro Preto não representa hoje na vida nacional maior papel do que representou Vila Rica nos dias em que a casa de Tiradentes foi arrasada por sentença; Mariana, São João del-Rei, Barbacena, Sabará, Diamantina ou estão decadentes, ou apenas conseguem não decair. É nos municípios do café que está a parte opulenta de Minas Gerais.
Com São Paulo dá-se um fenômeno particular. Apesar de ser São Paulo o baluarte atual da escravidão, em São Paulo e nas províncias do sul ela não causou tão grandes estragos; é certo que São Paulo empregou grande parte do seu capital na compra de escravos do norte, mas a lavoura não depende tanto quanto a do Rio de Janeiro e a de Minas Gerias da escravidão para ser reputada solvável.
Tem-se exagerado muito a iniciativa paulista nos últimos anos, por haver a província feito estradas de ferro sem socorro do Estado, depois que viu os resultados da estrada de ferro de Santos a Jundiaí; mas, se os paulistas não são, como foram chamados, os ianques do Brasil, o qual não tem ianques – nem São Paulo é a província mais adiantada, nem a mais americana, nem a mais liberal de espírito do país; será a Louisiana do Brasil, mas não o Massachusetts –