és tu digno dela? Esta união prender-te-á mais, se é possível, à terra que tomaste por pátria, e eu assim to ordeno. Sei que era esse o pensamento contínuo do teu espírito, o alvo a que tendiam todos os afectos do teu coração.
O leitor conhece já o carácter de Dulce: o primeiro instante de uma situação arriscada era para ela o da fraqueza mulheril, mas era só um instante. Mediu o abismo que se lhe abria debaixo dos pés... Um dia mais, e estava salva! Era necessário resistir: era necessário coligir todas as forças da sua alma. Trémula, mas com energia, atalhou Fernando Peres:
— Não, senhor de Trava! Aquela que foi segunda mãe de Dulce; aquela que sempre se lhe mostrou generosa e indulgente; a rainha de Portugal, tem direito a dispor da sua mão; tem direito a recalcar-me no fundo da alma todos os afectos, a fazer-me devorar em silêncio as minhas lágrimas. Se não pudesse dobrar-lhe a vontade, se ela fosse inflexível, obedecer-lhe-ia... ou morreria talvez! Mas vós, senhor conde, qual é o vosso título para constranger minha vontade? Fostes vós que honrastes o solar dos Bravais? Recebeu D. Gomes Nunes algum préstamo de vossa