a zebra que tem nas garras! Afrontou-me, e eu pago a afronta; reptou-me, e eu aceitei o repto. Morrerá morte infame de peão criminoso!... - E depois de uma breve pausa, em que Dulce o abraçava pelos joelhos, prosseguiu: - Nobre neta dos Bravais, não desonres o sangue de teus avós, arrastando-te aos pés do desprezível estrangeiro! Por quem sois, nobre dama, alevantai-vos.
— Não peço piedade para ele - murmurou Dulce. - Bem sei que fora inútil esperá-la. Peço a morte para mim antes de ele morrer.
— De que me serviria a tua morte? - replicou o conde depois de cravar alguns momentos os olhos naquela fronte pálida, onde se pintavam todos os extremos do íntimo padecer. - Quero que vivas para chorares o galante jogral, e para com as tuas lágrimas servires de pranteadeira à mui ilustre rainha, à tua mãe adoptiva, que, espero em meus bons cavaleiros, há-de amanhã ficar órfã de seu filho.
— Oh, senhor, lembrai-vos de que há um céu, e que no céu há justiça! Que mal vos fiz eu? Matai-me, matai-me!
— Sei que há céu e que há justiça; por isso a faço na Terra. Sei mais: sei que o céu é clemente. Quero sê-lo também. Egas ainda talvez pode