O Castelo de Guimarães, qual existia nos princípios do século XII, diferençava-se entre os outros, que cobriam quase todas as eminências das honras e préstamos de Portugal e da Galiza, por sua fortaleza, vastidão e elegância. A maior parte dos edifícios desta espécie eram apenas então um agregado de grossas vigas, travadas entre si, e formando uma série de torres irregulares, cujas paredes, muitas vezes feitas de cantaria sem cimento, mal resistiam aos golpes dos aríetes e aos tiros das catapultas, ao passo que os madeiros que ligavam esses fracos muros, e lhes davam certo aspecto de fortificação duradoura, tinham o grave inconveniente de poderem facilmente incendiar-se. Assim, não havia castelo onde entre as armas e bastimentos de guerra não ocupassem um dos mais importantes lugares as amplas cubas de vinagre, líquido que a experiência
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