As funções judiciais eram na Idade Média frequentemente sujeitas a semelhantes eclipses.
Apesar de serem botas as espadas; apesar de estarem os pelejadores de um e de outro lado completamente arnesados, não era difícil pressagiar um desfecho sério à luta. A força muscular dos rudes homens de armas daquele tempo triplicada pela ira supria até certo ponto os fios do aço bem temperado; o elmo e o perponto não se cortavam, mas podiam abolar-se. Guerreiros havia que nos combates com os sarracenos preferiam a maça à espada.
À vozeria sucedera o silêncio. No estrado da corte é que murmurava um leve sussurro: os barões disputavam fogosamente entre si. A infanta e o conde conservavam-se imóveis, mas tinha-se-lhes demudado um pouco o gesto. Por cima do silêncio do povo, por cima do murmúrio dos cortesãos, soava o ruído confuso e discorde da espada que ora retinia na espada, ora tirava um ruído cavo batendo no capelo de ferro, ora dava um som baço amortecendo no perponto flexível de malha.
Dos seis cavaleiros portugueses derribados no primeiro encontro apenas dois tinham ousado envolver-se no torneio de pé, e apenas um dos contrários pudera imitá-los. Os efeitos de uma queda violenta naquela época