alegres da donzela desdiziam das palavras apaixonadas do mancebo, cujo aspecto se entristecia visivelmente com aquela alegria intempestiva e cruel.
Ao pé de uma das colunas de pedra, que subindo ao tecto se dividiam como os ramos de uma palmeira em artesões de castanho, os quais morrendo nos vértices das ogivas em bocetes dourados pareciam sustentar a renque de lampadários gigantes pendentes da escura profundeza daquelas voltas; ao pé de uma destas colunas, no lado oposto da sala, três personagens falavam também havia largo tempo, sem fazerem caso do tanger dos menestréis, do doudejar das danças, do sussurrar confuso que redemoinhava em volta deles. Era a sua conversação de género diverso das duas que já descrevemos. Aqui os três indivíduos pareciam tomar todos vivo interesse no objecto de que se ocupavam, ainda que de modo diferente. Um deles, alto, magro, trigueiro e calvo, porém não de velhice, porque era homem de quarenta anos, trajava um saio negro, comprido, e apertado pela cintura com uma larga faixa da mesma cor, vestuário próprio do clero daquele tempo; o outro, ancião venerável, tinha vestida uma cogula monastical, igualmente negra, segundo a