havia duvida, miss Jane fazia-se de desentendida...
Firmei-me nessa idéa e concebi um plano de ataque — uma demonstração amorosa que a. forçasse na sua marmorea impassibilidade. Ou tudo ou nada. Ou dava-me o coração ou punha-me no olho da rua.
Restava saber uma cousa só, si no momento da demonstração a timidez não me trahiria a vontade...
Quando chegou o domingo, levantei-me mais cedo e fui ao mercado de flores. Comprei as mais bellas violetas e, a sobraçal-as, parti para Friburgo no primeiro trem. Lá, dirigi-me ao cemiterio onde repousavam os restos do professor Benson. Pela segunda vez levava eu flores ao jazigo do autor da maior maravilha do seculo — miss Jane...
Ao transpor o portão do pequenino campo santo meu coração bateu. Vi de longe um vulto querido a espalhar rosas sobre o tumulo do velho sabio. Approximei-me com um presentimento n'alma — "é hoje"...
— Tambem aqui ? disse miss Jane ao avistar-me, estendendo para mim a sua mão gelada pelo frescor matutino.
Vi que chegara o momento. Armei-me de todas as coragens e comecei :
— Miss Jane, eu...
Mas engasguei. Tinha ella OS olhos muito fixos, no tumulo, com o ar de quem