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Página:O cortiço.djvu/150

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este diabo! Mas esperem, que eu lhes mostro se ela fala, ou não!

E as lavadeiras tiveram de agarrar-lhe os braços e tirar-lhe o cacete, porque a velha queria crescer de novo para a filha.

Ao redor desta a curiosidade assanhava-se cada vez mais. Estalavam todos por saber quem a tinha emprenhado. "Quem foi?! Quem foi?!" esta frase apertava-a num torniquete. Afinal, não houve outro remédio:

— Foi seu Domingos... disse ela, chorando e cobrindo o rosto com a fralda do vestido, rasgado na luta.

— O Domingos!...

— O caixeiro da venda!...

— Ah! foi aquele cara de nabo? gritou Marciana. Vem cá!

E, agarrando a filha pela mão, arrastou-a até à venda.

Os circunstantes acompanharam-na ruidosamente e de carreira.

A taverna, como a casa de pasto, fervia de concorrência.

Ao balcão daquela, o Domingos e o Manuel aviavam os fregueses, numa roda-viva. Havia muitos negros e negras. O barulho era enorme. A Leonor lá estava, sempre aos pulos, mexendo com um, mexendo com outro, mostrando a dupla fila de dentes brancos e grandes, e levando apalpões rudes de mãos de couro nas suas magras e escorridas nádegas de negrinha virgem Três marujos ingleses bebiam gengibirra, cantando, ébrios, na sua língua e mascando tabaco.

Marciana na frente do grande grupo e sem largar o