Página:O demônio familiar.djvu/22

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PEDRO – Mas que tem que nhanhã receba! É um moço mesmo na ordem!

CARLOTINHA – Não!... não devo! (Chega-se á estante e escolhe um livro.)

PEDRO – Nhanhá não há de ser freira!... (Mete a carta no bolso sem que ela o perceba.) Entregue está ela!

CARLOTINHA – Que dizes?

PEDRO – Nada, nhanhã! Que V.M.ce é uma moça muito bonita e Pedro um moleque muito sabido!

CARLOTINHA – É melhor que arrumes o quarto de teu senhor, vadio! (CARLOTINHA senta-se e lê.)

PEDRO – Isto é um instante! Mas nhanhã precisa casar! Com um moço rico como Sr. Alfredo, que ponha nhanhã mesmo no tom, fazendo figuração. Nhanhã há de ter uma casa grande, grande, com jardim na frente, moleque de gesso no telhado; quatro carros na cocheira; duas parelhas, e Pedro cocheiro de nhanhã.

CARLOTINHA – Mas tu não és meu, és de mano Eduardo.