Página:O demônio familiar.djvu/47

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vem ela!

D. MARIA – Ora, Carlotinha, tu com as tuas flores tens tomado de tal maneira os canteiros que já não posso plantar uma hortaliça.

CARLOTINHA – Porém, mamãe... É tão bonito a gente ter uma flor, uma rosa para oferecer a uma amiga que nos vem visitar!

D. MARIA – É verdade, minha filha; mas não te lembras que também gostas de dar-lhes uma fruta delicada... Assim os meus morangos estão morrendo, porque as tuas violetas não deixam...

CARLOTINHA – É a flor da minha paixão! As violetas! Que perfume!

D. MARIA – E os meus morangos, que sabor! Não tenho mais um pé de alface ou de chicória...

EDUARDO – Não se agonie, minha mãe, eu mandarei fazer uma pequena divisão no quintal. Deste lado Carlotinha terá o seu jardim; do outro V.M.ce mandará preparar a sua horta.

D. MARIA – Estimo muito, meu filho! É por vocês que eu tomo este trabalho.

EDUARDO – E nós não o sabemos? Todo o nosso amor não paga