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Página:O ermitão do Muquem (1864).djvu/114

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e a sua formosa companheira da furiosa agressão do exasperado cacique, rompe enfim o silêncio:

— Inimá, brada ele, és um vil e um cobarde tu, que à testa de tantos guerreiros não te pejas de insultar a um estrangeiro só e sem outra defesa mais que as suas armas, e destilas de teus lábios o veneno da calúnia contra a filha de teu chefe, contra uma virgem adorável digna do respeito e do culto dos homens. És um vil e um cobarde tu, que voltas tuas armas contra aquele que há poucos instantes salvou-te a vida podendo te deixar morrer vilmente entre as garras de uma fera...

Inimá espumando de raiva não o deixou prosseguir, lança-se de um salto sobre Itajiba e atira-lhe um furioso golpe de tacape. Itajiba destro como a onça desvia-se rapidamente dando um pulo para trás, e com a faca em uma das mãos e o tacape na outra está pronto e em atitude de pelejar.

Aquela caverna ia ser testemunha de uma luta tão feroz e sanguinolenta como essa que Itajiba já tivera a sustentar ao chegar entre os Chavantes; mas ah! desta vez ele não quereria morrer, pois o prendia com os mais suaves laços ao mundo e à vida o amor da linda e inocente criatura que ali se achava testemunhando todas aquelas cenas de horror. Entretanto o combate era dos mais arriscados e desiguais; embora matasse Inimá, Itajiba teria de travar-se depois