muito boa e generosa para querer a sua ruína e não desejar o seu próspero regresso; mas profundamente ocupada com Itajiba, sua alma tinha poucos pensamentos para Inimá e sua expedição.
Seria difícil decidir qual das duas empresas, confiadas aos dois jovens chefes, era mais árdua e arriscada. É verdade que Itajiba tinha de combater um inimigo que por sua civilização, recursos e estratégia era muito superior aos selvagens que comandava; mas em compensação tinha ele a dupla vantagem de conhecer os países e o inimigo a que ia levar a guerra; seus costumes, manhas e tática. Inimá, pelo contrário, posto que a certos respeitos sua tarefa fosse menos espinhosa, pois ia debelar um povo da mesma índole e costumes, ou talvez mais rude e inculto que os próprios Chavantes, tinha de embrenhar-se por sertões desconhecidos em busca de um inimigo errante sem saber ao certo onde encontrá-lo.
Itajiba tangeu suas canoas pelo Tocantins acima, enquanto o curso do rio se mostrou favorável a essa navegação; mas quando as cachoeiras e corredeiras, pedras e baixios que obstruem o curso superior do rio, começaram a tornar penível e morosa a sua marcha, pôs pé em terra com toda a sua gente na margem esquerda, amarrou fortemente as canoas no recôncavo de uma lagoa formada pelo transbordamento das águas do rio e escondida entre espessas florestas, e por