sua marcha Itajiba, precedido pelo terror e a consternação, foi avançando até as imediações de Vila Boa. De uma eminência ele descortinou ao longe os serros áridos e escalvados que rodeiam o berço de seu nascimento; o coração se lhe apertou de angústia ao contemplar aqueles sítios, onde tão risonha e prazenteira se deslizara a aurora de sua vida, e que ele agora vinha ameaçar e cercar de terror e consternação; sentiu sua alma esmagada sob o peso de uma cruel e sombria tristeza ao lembrar-se que estava para sempre exilado do país de sua infância, que ele tinha tingido no sangue inocente de um infeliz amigo; parecia-lhe que a sombra de Reinaldo, surgindo por sobre os horizontes longínquos, exprobrava-lhe seu horroroso crime, e o expelia daqueles lugares com dolorosos gritos e maldições, e o remorso lhe ralava o coração.
Itajiba refletiu longa e profundamente. Tinha às suas ordens uma multidão de combatentes ainda engrossada pelo grande número de prisioneiros que arrancara aos vencidos, e estes munidos já de armas de fogo tomadas aos Goianos, em cujo uso e manejo ia adestrando os selvagens. Podia pois tentar com bastante probabilidade de sucesso um assalto sobre Vila Boa. Mas o horror instintivo que o desviava daqueles lugares paralisou a sua marcha.
Também por outro lado via que a empresa não deixava de ser arriscada, e sendo malsucedida nulificaria