vezes tomando uma leve canoinha, que ela mesma remava, sulcava as águas acima com alguma de suas companheiras, e lá ia até onde sem perigo podia avançar, a ver se encontrava com a flotilha de Itajiba, e voltava triste e resignada para esperar ainda.
Um dia enfim, estando na barranca no sítio do costume, ouviu ao longe e para a parte superior do rio um estranho e grande estrondo. A princípio pensou que seriam trovões; mas o céu estava sereno, e a atmosfera tranqüila nenhum indício dava de tempestade. O estrondo se repetiu uma e mais vezes avizinhando-se cada vez mais. Não podendo atinar com a causa daquele ruído, Guaraciaba sentiu seu coração alvorotar-se entre o pavor e a esperança, entre o receio e o prazer; mas esse estado ansioso de incerteza durou poucos momentos.
As canoas de Itajiba despontavam enfim como um bando de aves aquáticas velozmente vogando à mercê da torrente. Itajiba tinha armado grande número de seus soldados com arcabuzes tomados aos vencidos, e os adestrava no uso e manejo dessas armas; ao aproximar-se das tabas mandou de propósito fazer repetidas descargas a fim de surpreender e assombrar os selvagens com aquele espetáculo inteiramente novo e estranho para eles, e assim vieram descendo as canoas ao som de salvas atroadoras, que reboavam de eco