outra coisa. Mas apresentar leis, como a de Minas, qual um “Sezamo, abre-te!” quando não passam de ultra-maquivelicos ferrolhos, chega a ser sadismo. Castigar aos que, tentando uma arrancada rumo ao subsolo, trabalham para a grandeza do Brasil, castiga-los com a má vontade dos Fleurys, com as sabotagens dos Oppenheims, com os empeços de toda a ordem que esses homens e outros, fortes nos cargos que ocupam, criam incessantemente, não passa duma indignidade.
A Comissão de Inquerito poderá prestar ao Brasil um beneficio imenso, abrindo de par em par as portas á nossa redenção economica, se concluir os seus trabalhos com a unica sugestão que a logica impõe: “O que ha a fazer, é fazer justamente o contrario do que se tem feito”. Só isso.
Abriam-se poços de escassa profundidade? Pois abram-se poços profundos. Perseguiam-se as companhias nacionais? Pois que sejam auxiliadas. Amontoaram-se nas leis mil entraves para a pesquisa do petroleo? Pois sejam criadas mil facilidades.
Tão simples o remedio!
Com a organização existente, com as leis-cipós, com o “dar-para-trás”, com Fleury e Oppenheim mantidos como batoques, o petroleo não saiu e não sairá nunca. Pois inverta-se a organização, modifiquem-se as leis em sentido contrario, arquivem-se os dois batoques — e o petroleo jorrará aqui, como jorrou nos Estados Unidos, no Mexico, na Trinidad,