COLLIGAÇÃO E FEDERACAO DOS TRUSTS
NO BRASIL
60. — Que entidades são essas, Pan Geral
Brasileira e Cia. Brasileira de Petroleo, com appellidos tão extremamente sympathicos aos pruridos
de nosso nacionalismo? Brasileiras? Não. Extrangeiras. Atraz dellas estão os trusts. Como nascem? Nascem dos trusts. Como vivem? Vivem
como ovulos, ou embryões das futuras organisações
industriaes e commerciaes dos trusts. Ficam por
ahi em estado de larvas, devorando contractos silenciosamente, na santa ignorancia do departamento. Um dia, quando os brasileiros cognominados
“aventureiros de má fé” arrancarem petroleo do
primeiro poço, transformar-se-ão em adultos, de
terrivel efficiencia. Hoje, são baterias occultas,
que se installam nas posições dominantes da campanha de amanhã.
61. — Para bem comprehender-lhes as missões, cumpre relembrar que os trusts, que se entrematam na competição dos mercados, são, entretanto, sinceros alliados, quando se trata de impedir o aparecimento de novas fontes de producção, que lhes aggravem a superproducção, como
é o caso do Brasil. Nesse terreno, reentendem-se
e organizam-se em colligação, como bem o descreve Francis Delaisi, no prefacio de Zizchka: