Ele e seus socios perderam horas e horas nas antecamaras ministeriais e nas antesalas dos Fleurys e Oppenheims, esperando, esperando, esperando as audiencias. Mostravam os mapas da zona, apresentavam o cheiroso petroleo verde-castanho, riquissimo de essencias volateis, já analisado — e nada de nada de nada. Ninguem queria saber daquilo. Ninguem se interessava por aquilo. Os homens a quem o Brasil paga 5.000 contos por ano para descobrir petroleo, querem perpetuar-se na procura do petroleo — mas não querem saber de petroleo.
Loch e seus socios, sempre com a "oil-seepage" nas mãos, insistem, pedem pelo amor de Deus que o Ministerio da Agricultura mande ver, mande es tudar a fonte ativa de petroleo, conceda-lhes autorisação para explora-la — e nada de nada de nada!... O Ministerio tapa os ouvidos, toca os hohomens de lá. E este ano, nas "Bases" que o Ministro da Agricultura compôs para uso da Comissão de Inquerito, aparece este pedacinho de ouro:
NO BRASIL, ONDE O PETROLEO
NÃO FOI AINDA DESCOBERTO NEM
POR ACASO, NEM POR EXSUDA-
ÇÃO ABUNDANTE...
Uma "oil-seepage" de 500-600 litros por dia é das maiores exsudações expontaneas observadas