Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/165

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Ouve-me!... Não vês que eu choro, meu filho!...

ESTÊVÃO – Chorais!... Ainda bem!... Vou pedir a Deus que tenha piedade de vossa alma; e vos restitua a razão que perdestes, para um dia remirdes os erros de vossa vida. (sai pelo fundo.)


CENA IV

SAMUEL (só.) – Meu Deus!... Meu Deus!... Dirá ele a verdade?... Esta grande obra, construída dia por dia, instante por instante, será apenas um sonho da imaginação, uma demência do espírito?!... Serei eu um louco?... Não. A luz da razão me esclarece; a mão da Providência me guia!... Eu vejo!... A um aceno meu, um povo se ergue como um gigante e reclama o seu lugar entre as nações ilustres!... A um aceno meu... Sim! Sou apenas um homem, uma criatura fraca e mortal... Mas não foi um homem que descobriu o novo mundo?... Ele só com a sua vontade e o seu gênio?... Não foi um homem que deu asas ao pensamento e o fez rei e senhor do universo?... Oh! não!... Não