menino lia a Bíblia; eis a razão por que ele desapareceu; eis a razão por que partem de Lisboa ao mesmo tempo três navios cujos destinos se ignora. Duvidais ainda?
FR. PEDRO – Não! Não duvido! Admiro-vos, doutor Samuel! Porém, que devo fazer? Aconselhai-nos; mais do que nunca precisamos de vossa experiência.
SAMUEL – Tranquilizai-vos; estamos a 29 de Outubro, temos ainda quinze dias. Daqui até lá muitos acontecimentos podem sobrevir, que mudem a face das coisas. Voltai ao convento. Sobretudo, nem uma palavra, nem um gesto que revele o segredo.
FR. PEDRO – Não era preciso recomendar-me. Entrego em vossas mãos nossa causa; só vós nos podeis salvar. Quando nos veremos?
SAMUEL – Breve. (Sai frei Pedro.)
CENA XI
SAMUEL e DANIEL.
SAMUEL (só.) – Tu ousaste, Sebastião de Carvalho?... E tiveste